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sábado, 18 de setembro de 2010

A subscrição das ações da Petrobrás


Fernando Leitão da Cunha



Aumentar o capital de uma empresa por subscrição de ações é uma operação relativamente simples.

A empresa emissora acorda com os bancos o preço justo, onde os acionistas têm de ganhar, e as instituições intermediárias também, além da própria companhia.

Se fatores externos à conjuntura do mercado não atrapalharem, a operação transcorre de maneira bastante satisfatória, os acionistas antigos exercem os seus direitos; os novos aderem, e a empresa consegue captar os seus esperados recursos.

Mas o que está acontecendo com Petrobrás ?

A empresa tinha um valor de mercado, há pouco mais de um ano, duas vezes maior que o atual!
A operação transcorreu de maneira desorganizada, não só na definição do preço do barril de petróleo que serviria como custo, como na operação de subscrição em si, onde nem as instituições colocadoras dos papéis se entendiam e acabaram por informar mal ao público investidor.
Mas esta confusão toda só tem uma resposta. O investidor brasileiro não é burro!
Quer ganhar dinheiro como outro investidor qualquer, mas quer pagar o preço justo.

E o preço justo acabou sendo a metade do que era, em dólar, antes de começar esta baderna toda da subscrição, onde todo mundo opina.Uma empresa privada visa ao lucro e aos dividendos para os seus acionistas.

A Petrobrás, a despeito do seu excelente e reconhecido quadro altamente competente de técnicos, tem um péssimo chefe: O Estado.

O mercado de ações é o melhor local para o exercício da democracia, pois alia sentimentos a valor, e nesse caso, nem o bolsa família pode interferir.

fernandoleitaodacunha@gmail.com

Reprodução autorizada, citada a fonte: Fernando Leitão da Cunha, economista.

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