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sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Dividendos completam renda de aposentados

Folha de S. Paulo - 16/08/2010 


Carteira de R$ 800 mil rende mais de R$ 5.000


TONI SCIARRETTA




Ações de viúvas. Sem grandes emoções no sobe e desce do mercado, os papéis que pagam bons dividendos costumam variar pouco, mas possibilitam ao investidor se programar para obter uma renda previsível para complementar a aposentadoria.
Receber dividendos funciona como aluguel de imóveis, que cai de tempos em tempos na conta do investidor, conforme a empresa gera e distribui lucros.
Costumam pagar bons dividendos as empresas de setores maduros, que já passaram da fase de investimento no negócio, não tenham dívidas e que tenham receitas estáveis tanto em períodos de bonança quanto de crise.
A maioria dessas empresas está nas áreas de saneamento, cigarro, distribuição de energia, telefone fixo e concessionárias de rodovias.
Autor do livro "Viva de Dividendos", o analista de mercado Fernando Leitão da Cunha, 52, tem uma carteira de ações focada em dividendos há mais de dez anos. Com essas ações, Cunha espera obter uma renda na aposentadoria compatível com os ganhos que tem hoje, na ativa.
Segundo ele, com R$ 800 mil aplicados em ações que rendam bons dividendos, já é possível ter uma renda mensal de R$ 5.333. Para isso, o investidor precisa assegurar apenas que suas ações tenham um retorno anual de pelo menos 8% com dividendos (veja quadro abaixo).
"Estou pouco me lixando se a Bolsa vai subir ou se vai cair. Quem foca em dividendos não precisa se preocupar com isso; se livra desse estresse. O dividendo é previsível, o dinheiro cai de tempos em tempos direto na conta. Se o preço da ação desabar, é uma oportunidade para comprar mais papéis e receber mais dividendos", disse.

ACUMULAÇÃO

No caso de uma estratégia de investimento com ações visando a aposentadoria, o educador financeiro Mauro Calil aconselha o investidor a começar aplicando em papéis com potencial de crescimento maior do que o do mercado, para multiplicar o capital mais rapidamente.
Essas ações têm mais riscos, por isso é preciso diversificar entre vários papéis.
Depois, ele aconselha a alocar o capital em ações de empresas que tradicionalmente pagam dividendos maiores. Aqui, também vale a regra da diversificação, pois, se uma empresa tiver prejuízo, não pagará nada.
"É preciso acompanhar o desempenho das empresas. Na renda fixa, o governo faz tudo para você. Renda variável dá mais trabalho", disse.






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